Investir em imóveis
Saber como investir em imóveis também pressupõe pesquisa, quase tanto quanto investir na bolsa. Deixando o exagero de lado a pesquisa é extremamente importante.
O investimento em imóveis abre uma série de possibilidades ao comprador. Aluguel fixo, de temporada e revenda são apenas alguns dos exemplos possíveis de serem seguidos. Residências, escritórios comerciais, flats ou cotas de fundos imobiliários negociadas em bolsa de valores.
Muitos especialista falam das melhores opções, mas vai depender do seu perfil e do que você está disposto. É uma escolha consciente e assertiva, que leva em consideração o momento do comprador e, ao mesmo tempo, o contexto do bem recém adquirido. Frente a tantas variáveis.
Algumas dicas sobre como investir em imóveis:
Aluguel comercial anual
Quando se adquire um imóvel comercial, um escritório ou um galpão, por exemplo, tudo indica que o inquilino em questão será uma empresa. Isso significa dizer que pode existir maior estabilidade nesse tipo de transação, já que possivelmente os contratos serão mais longos. Em contrapartida, é preciso ter em mente que o aluguel pago por uma pessoa jurídica vem deduzido do imposto de renda na fonte.
Esse é um mercado extremamente especializado por isso é imprescindível que o investidor conheça a fundo a região antes de investir em imóveis para esse fim.
Flats de hotéis
Menos comuns, adquirir flats de hotéis como uma forma de investir em imóveis não deixa de ser um ativo imobiliário. Esses espaços são administrados por redes hoteleiras, que normalmente são grandes. Tal modalidade costuma ter um preço mais elevado. O investidor recebe os aluguéis da sua unidade com as taxas de administração deduzidas. Há, ainda, o sistema de pull, em que o comprador recebe pela fração de sua unidade.
O aspecto negativo é estar “preso” às condições do hoteleiro. Se a estratégia de divulgação do hotel não for a ideal, você possivelmente terá resultados insatisfatórios. E o pior: terá pouco a fazer, já que não tem uma voz de decisão tão ativa quanto se tivesse um imóvel próprio e alugasse diretamente, por exemplo.
Residencial
Essa é mais comum dos investimentos em imóvel. Aqui, há a possibilidade tanto de usar sem que ele perca valor, quanto de alugar e ter renda fixa. A revenda é outro modelo bastante usual de negócio, principalmente em locais com pouca demanda.
Falando especificamente do aluguel, há uma série de variáveis que devem ser analisadas por quem deseja investir em imóveis. Esse valor muda conforme o preço de venda, volume e taxa de crédito disponível que varia, por exemplo, conforme o contexto político e econômico do país. Ainda sobre aluguel residencial, é fundamental que o investidor fique atento às tendências do mercado.
Como investir em imóveis com aluguel de temporada
Nas metrópoles ou em locais essencialmente turísticos, o aluguel de temporada surgiu para ficar, especialmente depois dos grandes eventos (Copa do Mundo e Olimpíadas) sediados pelo Brasil. Antes utilizada principalmente por imóveis de veraneio, a locação por curtos períodos de tempo, geralmente até 30 dias, foi facilitada com a consolidação da internet e novas tecnologias e ferramentas específicas.
Nesse modelo, é possível tanto alugar diretamente o seu imóvel para o turista a passeio ou a negócios. Deixá-lo na mão de uma empresa especializada no seguimento torna sua vida do investidor, mais fácil, já que essa é uma modalidade que pode ser profundamente mais lucrativa, mas ao mesmo tempo impõe uma série de tarefas que devem ser feitas para atingir tal rendimento.
Gestão de anúncios, confirmação de reserva, check-in, limpeza e check-out são alguns dos exemplos que essa atividade pressupõe.
A vantagem econômica consiste exatamente no serviço que pode ser fornecido pelo proprietário/anfitrião. Dada a conveniência oferecida ao inquilino de curta temporada, é possível cobrar pela estadia o equivalente ao que um hotel cobraria. Ainda restam dúvidas sobre este mercado?
Veja o exemplo: aluguel de temporada para imobiliárias e corretores de imóveis:
A taxa cobrada em cima do imóvel alugado de um proprietário varia no mercado anual e no de temporada. Via de regra, a comissão das imobiliárias gira em torno de 10% a 13%. Para quem aluga por curtos períodos de tempo, é possível trabalhar com rentabilidades superiores: 15%, 25%, 40% e até 50% em alguns casos, conforme relatam nossos clientes.
Os valores, é claro, são acertados diretamente com quem detém a propriedade. Para ficar mais claro, abaixo nós exemplificamos a rentabilidade nos dois modelos de aluguel.
Veja:
Um apartamento conjugado / Kitnet, de 45m², com boas condições localizada na perto da praia de Porto Seguro
Contrato anual.
Valor cobrado do inquilino: R$ 1.800,00 líquido por mês
Para a imobiliária: considerado um comissionamento de 10%, a imobiliária ficará com R$180/mês
Para o dono: R$1.620
Contrato de locação por temporada
Valor cobrado do hóspede: R$ 220 de diária média
Taxa de ocupação anual: 65% em média
Receita bruta por mês: R$ 4.290
Receita líquida por mês: aproximadamente R$ 3.450, se descontados os valores correspondentes à taxa de condomínio (R$ 300), energia elétrica (R$ 120), TV a cabo e internet (R$ 105), gás (R$ 130), IPTU (R$ 90) e desgaste com mobília ou aparelhos elétricos (R$150) total R$895,00.
Para a imobiliária: considerado um comissionamento de 25%, a imobiliária ou o administrador de aluguel de temporada ficam com R$ 1.072,50
Para o dono: R$ 2.322,50 líquido.
No exemplo acima, é possível observar de maneira bastante prática como o mercado pode ser mais lucrativo.
No comparativo com o aluguel anual, ainda é válido destacar que as burocracias de caução e fiador, por exemplo, são limadas. Investidores que saibam se posicionar nesse mercado podem ter excelentes resultados. Tenha em mente que os pré-requisitos são bons imóveis e gestão.
Fonte: VRBO e Stays